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QUINZE PRIMAVERAS

Virava, uma, duas, três vezes. Admirava meu corpo esguio e belo naquele vestido de gala. Me sentia uma verdadeira princesa, naquele momento...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A NATUREZA E O HOMEM

   Já que neste mês de junho comemoramos o Dia do Meio Ambiente, deixo este poema para o ser humano pensar um pouco mais em suas atitudes e gestos para com esta parte importante do planeta.

Onde está a natureza?
As matas, as flores coloridas?
Para onde foi tanta beleza?
Será que foram esquecidas?

Talvez, mas não é só isso não,
É o homem, com seu ingrato coração
Só pensa na fama e no dinheiro
Só sabe à vida dizer não.
Até age como um ladrão!


Um ladrão da vida
Um ladrão da paz
Por conta própria ele não faz
É um ser tão incapaz!

Tão incapaz que gera violência
Faz concorrência
Não liga pra descendência
Diz não à obediência
Não tem prudência
Nem um pouco de coerência
Só liga para a tendência
E não pensa na sobrevivência.

O homem tanto fala
Que é preciso preservar
Mas como querem dar exemplo a outros homens
Se a própria espécie já começam a matar?

Porque não dão um basta na poluição?
Porque não param de matar os animais?
Porque insistem que isto é coisa da vida?
Até quando estes seres mentirão?

Quanto tempo precisam para na real cair?
Quando o homem a natureza ajudará?
O melhor é logo começar a agir,
Ou tempo para viver não sobrará!

sábado, 20 de junho de 2015

UM DIA SEREI ALGUÉM

No meio de todo esse mundo que ameaça desabar ao meu redor, eu ainda encontro um pouquinho de paz. Sim, parece impossível, coisa totalmente sem sentido, mas é o que sinto e o que me resta no meio dessa baderna que me cerca. Os sentimentos que afloram de meu peito e de minha alma e que poderiam me angustiar até meus suspiros finais de loucura, somente me dão forças para erguer a cabeça e seguir em frente. Sim, porque eu vou seguir em frente. Não importa o quanto as pedras que se prendem em meus sapatos incomodem, ou quanto os espinhos que invadam meu caminho me machuquem e façam sangrar meu coração. Não importa quantas pessoas falsas, mau-caráter cruzem meu caminho, tentando tirar proveito de minha ingenuidade e bondade. Não importa quantas pessoas idiotas me digam que não vale a pena continuar lutando e lutando, eu vou olhar pra elas e simplesmente mandá-las cuidarem de suas vidas, por que um dia, sei que um dia ainda vou poder olhar na cara delas e rir da pouca credibilidade que depositaram em mim, e da perplexidade e surpresa que invadirá os rostos delas quando virem que minha tentativas não forem infrutíferas.
   Sei que sou diferente das pessoas. Elas sentem isso. Eu sinto isso. Por onde passo, parece que deixo uma nuvem de tensão e inquietude pairando no ar. As pessoas me olham como se eu fosse de outro planeta. Mas não posso dizer que elas estão erradas. Porque talvez não estejam. Ou talvez estejam. Mas isso, em uma questão significativamente grande para alguém como eu, não tem importância. Mas mesmo que tivesse, eu deixaria pra lá e me preocuparia em ser eu mesmo, e não em dar importância para o modo como as pessoas me olham ou o que elas pensam de mim. Eu vivo em meu mundo, tentando provar pra mim mesmo que posso fazer algo de útil, e não somente sentar essa bunda gorda em uma cadeira e ficar olhando o sol dar sua volta ao redor da Terra. Ou a Terra sua volta ao redor do sol. Tanto faz. Só que eu quero ser ALGUÉM. Não alguém qualquer, alguém normal, alguém entediante como todos acabam se tornando. Eu quero ser alguém na vida de alguém. Eu quero ser importante pra alguém. Não somente um pontinho mal iluminado que ninguém vê.
   E sei que mesmo que as pessoas zombem de minha aparência física, e me considerem meio louco e distorcido das ideias, mas elas, quando falam isso, não percebem que apontam um dedo pra mim e quatro pra si mesmas. Elas me julgam mas esquecem de olhar o espelho quando levantam pela manhã. E eu não digo olhar, pra ver teu rosto refletido no vidro. Eu digo ver, mas ver mesmo, a alma que te identifica e diz quem tu és verdadeiramente. Porque todo mundo tem uma alma, certo? Todo mundo tem algo que identifica a si mesmo e te aconselha a tomar as decisões que tu tomas. Todo mundo tem um eu interior.

   Mas não é sobre isso que quero falar. Não é isso que quero provar. Não vim aqui pra desabafar ou reclamar da vida, ou reclamar das pessoas que não me notam. Não. Eu vim aqui pra dizer, pra registrar, que um dia eu ainda vou ser alguém. Sim, ALGUÉM. Com A maiúsculo. Não pra todo mundo, porque sei que isso é impossível. Mas um dia ainda farei a diferença na vida de alguém. Nem que sejam alguns minutos.

domingo, 14 de junho de 2015

A Natureza e o Homem


Onde está a natureza?
As matas, as flores coloridas?
Para onde foi tanta beleza?
Será que foram esquecidas?

Talvez, mas não é só isso não,
É o homem, com seu ingrato coração
Só pensa na fama e no dinheiro
Só sabe à vida dizer não.
Até age como um ladrão!


Um ladrão da vida
Um ladrão da paz
Por conta própria ele não faz
É um ser tão incapaz!

Tão incapaz que gera violência
Faz concorrência
Não liga pra descendência
Diz não à obediência
Não tem prudência
Nem um pouco de coerência
Só liga para a tendência
E não pensa na sobrevivência.

O homem tanto fala
Que é preciso preservar
Mas como querem dar exemplo a outros homens
Se a própria espécie já começam a matar?

Porque não dão um basta na poluição?
Porque não param de matar os animais?
Porque insistem que isto é coisa da vida?
Até quando estes seres mentirão?

Quanto tempo precisam para na real cair?
Quando o homem a natureza ajudará?
O melhor é logo começar a agir,
Ou tempo para viver não sobrará!


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Devaneios de um Louco

 Andando sobre a ponte velha, daquelas bem antigas e imponentes, eu pensava na vida. Refletia, e quebrava a cabeça, por um motivo que sem dúvida algumas pessoas normais considerariam coisa de louco. Talvez eu realmente seja louco, não duvido e nem me preocupo em defender-me do que os outros falam, afinal, eles são só os outros. Talvez eles falem de mim pois tem inveja do meu modo de vida, de minha loucura e de minha não preocupação em cuidar da  vida dos outros. Não sei, mas sinto que tudo o que eles falam de mim tem um motivo e uma justificativa. Nem que seja o mais bizarro possível, mas eu acredito que tenha, pois ninguém fala de outra pessoa só por falar. Afinal, isso também é um motivo.
   Sei que na escola, nos corredores, as pessoas procuram me ignorar e tentar evitar tocar em mim. Como se loucura contagiasse com um simples e único toque. Mas também, vai saber. Até hoje ninguém descobriu a cura pra doença chamada loucura, e nós, os loucos, temos que sofrer as consequências, somos ignorados pela sociedade porque somos diferentes, porque pensamos de um modo diferente, nos vestimos e agimos de um modo diferente. Sei que isso não é justo e mesmo em minha loucura e meus devaneios eu sinto isso. Mas não reclamo. Não reclamo porque tenho minha loucura pra me fazer companhia.
   Como louco, amo caminhar por entre o campo rosa, colorido com flores de cor cinza. Amo sentar em baixo do pé de bananeira, de onde volta e meia caem maçãs que batem em minha cabeça. Amo arrancar punhados daquela terra roxa, e fazer bolos pra depois comer. Adoro ver as vacas rosas pastando, comendo e fazendo piqueniques com os cachorros azuis. Me dá paz e uma sensação de tranquilidade quando posso apreciar os últimos raios de sol branco, se destacando no amarelo do céu, do mesmo modo que as nuvens verdes parecem querer cair a qualquer momento. Adoro correr e deixar a brisa acariciar meu rosto, pois essa brisa deixa a pele mais lisa e bonita. Adoro comer triângulos no café da manhã, depois tomar felicidade pra afastar a sede. Adoro sentar no banco de chocolate da praça, pra observar as crianças brincando de namorar.  Adoro subir numa árvore de jabuticaba, pra pegar o mel das abelhas que me amam. Elas me beijam na face com tanto ardor que minhas bochechas chegam a inchar.
   Adoro comer livros também. Porque ler eles, se posso comer as palavras que estão escritas nele, e tê-las inteiras só pra mim?
   Adoro cheirar pedras, mas daquelas pedras moles que se pode comer no almoço. Amo conversar com estátuas, elas parecem sempre me entender. As paredes do meu quarto também me entendem, mas estas são as únicas mesmo.

   Sim, eu amo ser louco. Quando se é louco, a vida é mais divertida. Como eu sei? Não sei, eu só sei. Agora, pra ti que nunca me dava bola, vai ser louco. Porque quem é louco é feliz. Tchau pra ti ser humanozinho dramático, vou lá conversar com as vacas rosas e as estátuas que agradecem por minha convivência.

domingo, 7 de junho de 2015

À LUZ DA VELA

À luz de uma vela
Eu escrevo apressadamente
A claridade se vê na janela
Refletindo as palavras que nascem da mente

A mão corre pelo papel
A tinta se esvai da caneta
Minha letra borra quando olho pro céu
Observando as estrelas com uma luneta

Um rabisco na imaginação
E a história flui concreta
A mente vaga sem resistência e pressão
E a folha se mostra repleta

Repleta de palavras sem sentido
Que depois viram poesia
Trechos de momentos vividos
Lapsos de paz e alegria

Palavras que se tornam belas
Transmitindo serenidade
Escrevendo à luz de uma vela
Para que a imaginação vire realidade.